30.6.07

 

Raku


Em Julho na Quinta da Murraçal em Colares,o ceramista José da Cunha e Fernando Silva irão orientar durante dois sábados um workshop de Raku. Caso esteja interessado ou deseje mais informação envie um e-mail para jdacunha@clix.pt


Raku é uma técnica cerâmica de origem japonesa divulgada mundialmente e caracterizada pela utilização de barros porosos, vidrados de baixa temperatura e pós queima em atmosfera redutora.
O termo japonês Raku significa prazer, facilidade e está ligada à técnica desenvolvida pelo ceramista Chojiro no século XVI, ao realizar taças para a cerimónia do chá. Outros ceramistas japoneses tais como Koetsu e Kenzan desenvolveram esta técnica que continua a ser muito apreciada no Japão.
Foi o ceramista inglês Bernard Leach o primeiro a introduzir esta técnica no Ocidente em 1920, mas deve-se ao ceramista americano Paul Soldner o facto de ela se ter tornado verdadeiramente popular. Paul Soldner introduziu a redução após as peças serem retiradas do forno e transformou a queima Raku num acontecimento.
O processo de Raku utiliza barros porosos que são modelados de forma livre e espontânea sendo depois chacotados entre 900º a 1000ºC., em seguida as peças são vidradas e a queima realizada num forno pequeno entre os 800 e os 1000ºC. dependendo do ponto de fusão do vidrado. Quando o vidrado atinge o ponto de maturação o forno é aberto e as peças retiradas com pinças e colocadas em recipientes com matérias combustíveis (serradura, palha, papel, etc.) provocando assim uma atmosfera redutora (ausência de oxigénio) e alterando as cores dos vidrados e escurecendo o barro. Após algum tempo em redução a peça é retirada e esfriada repentinamente em água. O processo da queima é rápido já que as peças são colocadas e retiradas com o forno quente, provocando uma certa imprevisibilidade nos resultados obtidos e criando uma peça verdadeiramente única.
Presentemente a maior parte dos ceramistas está familiarizado com esta técnica, que tem evoluído para outras variantes, tais como o Raku nu “Naked Raku”, onde a decoração da peça é feita só pela carbonação.

Texto de José da Cunha

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10.6.07

 

Exposição " Peixes de Profundidade"


A Cooperativa Árvore apresenta, de 24 de Maio a 12 de Junho de 2007, a exposição de escultura cerâmica de NUNO CARVALHO, Peixes de profundidade.
O trabalho intitulado como “Peixes de profundidade” fala de actos de criação intuitiva onde as formas simples e espontâneas têm um significado próprio.
Os materiais utilizados, a sua rudeza e forma como são transformados fazem inevitavelmente parte da natureza.
Nuno Carvalho nasceu em 1978, em Coimbra.
Iniciou os seus estudos de cerâmica na ARCA em Coimbra. Em 2000/05 realiza estudos de Modelação e Escultura Contemporânea no Cencal, Caldas da Rainha. Entre 2005 e 2006 fez estágio na Cooperativa Árvore, Porto. Foi monitor de Cerâmica Criativa no Crat (Porto) e de crianças e Invisuais no Museu Nacional Soares dos Reis, (Porto).
Actualmente é Bolseiro do Programa Leonardo Da Vinci, colaborando com a Escola de Arts Pau Gargallo de Badalona e vive em Barcelona.

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