11.3.08

 

Homenagem ao pintor e ceramista Rogério Ribeiro


Pormenor do painel de cerâmica no Metro de Santiago do Chile

Morreu hoje o pintor Rogério Ribeiro. Era director da Casa da Cerca - Centro de Arte Contemporânea de Almada, um projecto que desenvolvera para a câmara local e que tem acolhido, desde a sua abertura em 1993, exposições de boa parte dos melhores artistas contemporâneos portugueses.

Nascido em Extremoz em 1930, foi professor na Escola António Arroio e, depois, na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. Entre as suas obras mais conhecidas do grande público contam-se as ilustrações que fez para a edição de grande formato do romance de Manuel Tiago/Álvaro Cunhal "Até Amanhã Camaradas".

Fonte:Público


Ilustrou livros de Namora, Redol, Manuel Alegre, e do camarada dele Manuel Tiago. Ilustrou mesmo quando não lhe pediam, só porque sim, só porque a história que eles contavam era também a dele, só porque o risco era inadiável. Viajou, com e sem bolsas de viagens. Foi, também por isso, por causa desse desejo de mundo inteiro, perseguido pela Pide.

Assinou os painéis cerâmicos para a estação de comboios de Sete Rios e para a estação de metro Avenida, em Lisboa, e também aquele para a estação de metro de Santa Lucia, em Santiago do Chile. Participou activamente na criação de museus e galerias de arte. Está representado nas colecções de vários museus nacionais e internacionais, e naquelas de inúmeras instituições e outras tantas colecções particulares.

Membro fundador do Movimento Democrático dos Artistas Plásticos (1974), andou anos a pensar sobre a função social dos artistas. E sobre a geografia da arte contemporânea. E sobre a arte pública. E sobre o ensino artístico. E sobre tudo isso andou pelo país e pelo mundo a falar. E foi professor. E gosta quase tanto de Literatura como de Pintura.

Este texto foi retirado do blogue Espuma dos Dias, no qual aconselho leitura de entrevista a Rogério Ribeiro

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